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  • Foto do escritorFrancis Júnior Jornalista

UEMG Monlevade em greve

A unidade iniciou greve hoje com adesão ao movimento estadual!

A partir de hoje (2), a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) inicia um período de greve por tempo indeterminado, por  valorização dos docentes e melhorias na qualidade do ensino público. A decisão foi tomada após Assembleia Geral de Docentes, quando a maioria, composta por 92,2% dos 500 presentes, deliberou pelo início da paralisação frente às negativas do Governo de Minas às reivindicações da categoria.

Em João Monlevade, dos 68 professores, 47 aderiram à greve. Nove disseram não e outros 2 estão avaliando que posicionamento adotar.

Apesar da maioria das aulas suspensas em Monlevade, várias atividades estão sendo planejadas pelo comitê de greve local. Nesta quinta e sexta, os alunos participam de uma roda de conversa com os professores na unidade do bairro Santa Bárbara. Para amanhã, dia 3, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) convocou uma assembleia online para definir de que forma o movimento estudantil irá apoiar a greve.

Em várias unidades da Uemg, os universitários estão optando pela greve estudantil como forma de apoio à greve docente.

Reivindicações

Segundo lideranças do movimento a greve é uma luta pela valorização da educação pública, por uma sociedade mais justa e igualitária e por melhorias salariais como a incorporação de gratificações e ajuda de custo aos salários e o aumento da carga horária docente de 20h para 40h semanais, visto os salários da jornada menor são também menores. Assim, professores da Uemg precisam de 2 ou 3 outros empregos, o que causa sobrecarga e prejuízo para o ensino.

No foco está também o regime restrito de Dedicação Exclusiva, hoje permitido apenas para cargos da alta chefia.

De acordo com a Aduemg, associação sindical que representa os professores, estes são alguns dos principais pontos da Campanha Salarial-Educacional de 2024:

1 - Autonomia universitária

Segundo a entidade o Governo Zema não cumpre com o Art. 207 da Constituição Federal, que diz respeito à “autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial” das universidades;

2- Orçamento

Segundo a entidade o orçamento da UEMG representa apenas 0,4% do Orçamento Geral de Minas Gerais, e no ano de 2023 o Governo Zema promoveu vários cortes que impactaram na diminuição e extinção de bolsas para docentes e estudantes;

3 - Acordo de greve

Segundo a entidade o governo não cumpriu com acordo de greve de 2016, que foi homologado em 2018;

4 - Recomposição salarial

Segundo a entidade os professores acumulam perdas salariais de 76% nos últimos dez anos, e os docentes das universidades estaduais mineiras possuem a segunda menor remuneração no país entre todas as universidades públicas;

5 - Concurso público

Segundo a entidade a maioria dos professores da UEMG é contratada através dos PSS, um tipo de vínculo precário. Há professores em regime de PSS que chegam a ministrar mais de 7 disciplinas em cursos diferentes, e a quantidade de professores não é o suficiente para suprir a demanda de todos os cursos;

6 - Licença médica e licença maternidade

Segundo a entidade os professores não recebem seus salários na integralidade quando estão de licença médica e licença maternidade;

7- Campanha contra o assédio na universidade

Segundo a entidade o Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN irá participar com a divulgação da cartilha “Contra todas as formas de assédio, em defesa dos direitos das mulheres, das/os indígenas, das/os negras/os, e das/os LGBT”.

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